Experiência: O impacto das emoções


Masaru Emoto não é um cientista. É um autor e fotógrafo japonês, célebre pelas suas experiências com a água. Defende o autor que a água reage às informações a que é exposta, o que gera alterações a nível molecular.
Ele registou em fotografias microscópicas as suas experiências, nas quais expôs a água a diversos elementos (palavras escritas ou ditas, musicas, imagens), congelando-a de seguida, e fotografando então os cristais formados.  As imagens criadas no gelo são fenomenais, podem vê-las nos inúmeros vídeos disponíveis no You-tube.

Posteriormente, Emoto fez uma outra experiência, desta vez com arroz e água, que pela sua acessibilidade tem sido repetida por curiosos por este mundo fora. E eu, naturalmente curiosa, resolvi fazê-la também (ver para crer, como S. Tomé!).

A experiência pretende demonstrar o impacto que as nossas emoções e intenções têm na água, logo, o impacto que têm em nós mesmos, nos outros e em todos os seres vivos.


Consiste em colocar água e arroz em 3 copos transparentes e, todos os dias:
- Ao 1º dirigir frases e intenções positivas (amor e gratidão),
- Ao 2º ignorar,
- Ao 3º dirigir frases e intenções negativas (ódio, raiva, ressentimento).

A MINHA EXPERIÊNCIA:

Resolvi duplicar a parada (ou não fosse eu Gémeos!) e utilizei 6 copos:
- No 4º colei a palavra "Amor", e apenas lhe dizia todos os dias: Amor.
- No 5º colei a palavra "Ódio", e apenas lhe dizia todos os dias: Ódio.
- O 6º eu segurava durante alguns minutos junto a mim, em estado de tranquilidade e bem estar.

Durante 16 dias, os copos estiveram sempre juntos, no mesmo sítio, expostos à mesma temperatura, luz, etc.
Pessoalmente estou neste momento a atravessar um estado de goofiness natural (não ando bêbeda nem drogada, palavra!), e foi-me extremamente difícil aceder a estados emocionais de raiva, nojo ou ressentimento (mesmo invocando pessoas / situações que normalmente me colocariam nesses estados!), pelo que sinto que de alguma forma boicotei a experiência, já que além da dificuldade em dirigir emoções negativas, sempre que passava pelos copos não conseguia evitar sentir alegria e embevecimento pela experiência em si, ou seja, por todos os copos... A parte de ignorar um e só dirigir intenções negativas a dois deles não correu particularmente bem.

RESULTADOS:

Nos copos a que só dirigia intenções positivas foi desde cedo visível que o arroz estava a fermentar (uma diferença abismal foi desde logo notória no copo com a palavra "Amor"), mas naqueles a que supostamente teria de dirigir emoções negativas as alterações tardaram.
Os positivos absorveram mais água e estavam muito amarelinhos, os negativos mais esbranquiçados (meio acinzentados), mas o bolor não aparecia em nenhum deles. E assim estiveram até à noite passada.
O cheiro foi a diferença mais perceptível: os copos "positivos" emanavam um cheiro mais subtil e adocicado, os "negativos" começaram a cheirar bastante mal, sendo que terminei hoje a experiência porque do copo "ódio" exalava um cheiro nauseabundo.

Parece-me muito pertinente partilhar este dado convosco, já que interferiu brutalmente na minha experiência: O meu cão passou a semana toda insuportável (anda por aqui uma cadela com o cio, e o bicho chora noite e dia). Esta noite não me deixou dormir, e às tantas levantei-me absolutamente enraivecida e pronta a esganá-lo! Mas lembrei-me: eis a minha oportunidade! Em vez de esganar o meu menino, que afinal não tem culpa nenhuma de sentir o que sente, agradeci-lhe por me ter trazido a raiva que andava a querer sentir, e direccionei-a toda para o copo "ódio". E esta manhã, quando fui ver dos copos, fiquei estupefacta com a diferença!

SUGESTÃO:

Recomendo-vos vivamente que não se fiquem pela minha palavra. Testem! É uma experiência muito fácil de fazer, e com resultados extraordinariamente visíveis. Se tiverem filhos, façam-na com eles!
Esta maravilhosa experiência é uma possibilidade de consciencialização, de "ver com os próprios olhos" como, de facto, não só as nossas acções mas as nossas intenções, palavras e pensamentos são poderosos, e têm impacto em nós mesmos, nas outras pessoas, e em todos os seres vivos.
Mais, acreditando eu que tudo no Universo é composto de energia, e que a experiência se prende com troca de energias, ela não estará limitada à água ou aos seres vivos. Que impacto terão as minhas emoções nos ambientes em que vivo, na minha casa, no meu carro, na minha alimentação... Em que medida influencio, com os meus pensamentos e sentimentos, aquilo que me rodeia, e em que medida sou de facto eu responsável por tudo o que recebo de volta?
Se eu produzo determinado impacto em tudo o que me rodeia, a nível molecular... bom, tirem as vossas conclusões. Relacionem, por exemplo, as doenças físicas com os estados emocionais, ponderem o que andamos nós a oferecer a nós mesmos e aos outros, cada vez que sentimos rancor, ressentimento, inveja, raiva, desprezo...
É tempo de despertarmos...

Deixo-vos as fotografias que falam por si.


Dia 1 - 27/02/2014
Dia 16 - 15/03/2014





1 - Intenções positivas

2 - Ignorado

3 - Intenções negativas

4 - "Amor"

5 - "Ódio"

6 - Tocado (em estado emocional de tranquilidade)




Just a Tattoo...



Nunca fui grande apreciadora de tatuagens.
Defendo que cada um tem o direito de fazer do seu corpo o que entender, e eu entendia que isso de imprimir no corpo algo definitivo não era para mim. Até há poucos meses eu dizia, muito convicta, que nunca faria uma tatuagem! Hoje foi o dia em que o Nunca voltou para me morder no rabo...
Sinto-me tão feliz com a minha escolha que não quero deixar de a partilhar aqui, onde cabe tudo o que sou.

My tattoo...

  • Hoje - porque me sinto finalmente pronta para assumir um compromisso vitalício: comigo mesma. 
  • Uma tatuagem - porque quero ter sempre comigo esta âncora, este símbolo de aprendizagens feitas que quero manter presentes na minha vida; esta lembrança do que sou e do que quero honrar. Porque agora me faz todo o sentido gravar na carne, num misto de dor e alegria, o que tenho vindo da mesma forma a desenhar e memorizar no corpo mental, emocional e espiritual. 
  • Permanente - porque nesta existência de inconstância e efemeridade, também cabe o que permanece.    
  • Uma borboleta - porque é o símbolo da transformação, e eu não quero esquecer-me que sou um ser em eterna transmutação. Quero lembrar-me da beleza e da dor no processo da lagarta. Quero lembrar-me dos meus maravilhosos processos e da minha própria beleza. Quero lembrar-me que quando nada parece estar a acontecer, é exactamente quando dentro do casulo toda a magia acontece.
  • Com uma auréola de anjo e rabo de demónio - porque sou luz e sombra, corpo e espírito, divina e humana. Porque tenho em mim todas as dualidades.
  • Com uma imperfeição (pedido que o tatuador estranhou e não cumpriu tão bem quanto eu desejava), porque assim sou: perfeita na minha imperfeição.
  • Nas costas - porque assim é, e assim sou, mesmo quando eu não o consigo ver. 
  • No centro - porque agora sou, e quero fazer por ser sempre, o meu centro.
  • Num sítio visível mas não flagrante - porque não quero esconder quem sou, e também já não sinto necessidade de o bradar aos céus (abro excepção neste espaço sagrado onde exibo conscientemente todas as minhas cores).
  • Expressa num desenho único e original - porque assim quero que seja a minha expressão: única, idealizada por mim, em traços livres.
  • Abstracta - porque também eu o sou. Para me lembrar que somos mais do que se vê num primeiro relance, que é preciso querer ver e olhar com atenção para ver mais além. Para me lembrar de todas as formas da ilusão. E porque, às vezes, também eu me sinto um emaranhado de rabiscos sem grande sentido, e quero ter presente a beleza que pode existir nesse emaranhado.

Não só a tatuagem em si como todo o processo me validaram aprendizagens fundamentais.
Se estou feliz com o resultado, é também porque fui humilde e confiei: tive a humildade de reconhecer os meus limites e pedir ajuda a quem desenha infinitamente melhor que eu, confiei que ele faria o melhor que soubesse e entreguei-lhe as minhas costas.
Se estou feliz com o resultado, é também porque criei uma relação empática, expressei a minha vontade, fui franca com o outro e leal a mim mesma: só assim foi possível chegar a este desenho, a segunda tentativa. Esta tatuagem também irá por isso lembrar-me da importância de ser verdadeira e explicar-me com clareza, respeito, e as vezes que forem necessárias, exactamente o que eu quero, e não me contentar com o que não me faz feliz, não aceitar um compromisso que não me realiza para agradar aos outros.
Adoro a minha tattoo e estou certa que ao longo da vida a minha linda borboleta vai acumular mais e mais simbologia.
Just a tattoo? Certainly not.





Sobre Mestres e Monstros

Um texto para Reikianos... e não só. 




Quero assegurar-te que este texto foi escrito com amor e, como sempre, apenas com a intenção de mostrar outra perspectiva. O que dele retirares (ou não) será, também como sempre, uma escolha tua.
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Nos últimos dias tenho assistido no facebook a um desfile de Mestres de Reiki revoltados com as "vigarices" que andam pelo mundo do Reiki.
"Mestres revoltados" - não te parece uma contradição em termos? Ponderemos: um Mestre não pode revoltar-se? Claro que sim, um Mestre é humano, logo vulnerável a todas as emoções. Mas pergunto eu: E um "verdadeiro" Mestre, é aquele que alimenta a revolta, ou aquele que escolhe saná-la?

Eu entendo que quem leva o seu trabalho muito a sério sinta a necessidade de alertar para o facto de existirem profissionais com posturas diferentes da sua. Ok, clarifica a tua posição ou, se te pedirem informações, dá a tua opinião sincera. Entrar em guerras, atacar fortuitamente o que para ti é errado, não será desvirtuar a essência do que pensas estar a defender?
"Só por hoje não me zango nem critico. Só por hoje sou bondoso e gentil com todos os seres vivos." - Mikao Usui (Príncípios do Reiki).

Vamos por pontos.


REIKI - MÉTODOS DE ENSINO

Conheço, falando dos extremos, quem faça iniciações de um dia sem mais acompanhamento e com intervalos entre elas pouco superiores aos 21 dias, e quem demore mais de 3 anos entre fazer a iniciação de 1º nível e a de Mestre, com partilhas semanais como parte integrante e obrigatória. Já existe também quem faça iniciações à distância e cursos on-line.
Conheço quem faça iniciações individuais, quem inicie grupos de meia dúzia, quem inicie cem ou duzentas pessoas de uma assentada.
Conheço quem não introduza nenhum símbolo no 1º nível, quem introduza o Cho Ku Rei, e quem introduza logo os símbolos todos (apesar de só ensinar a trabalhar com o 1º).
Conheço quem disponibilize manuais cheios de informação, e quem forneça o enquadramento histórico, os conceitos básicos e uma bibliografia onde os interessados poderão aprender mais.
Conheço quem considere que está a "colocar um dom no iniciado", e quem acredite que a iniciação é essencialmente uma tomada de consciência (o Mestre não está a dar nada, apenas facilita a revelação do que já existe em cada um e ensina a aceder a determinada informação/capacidade).
E posso dar, a quem me solicitar, a minha opinião sobre cada uma destas visões. Não creio que seja relevante aqui. A questão é: quem sou eu para dizer quem está certo ou errado?
Num Universo em que tudo é possível, do qual eu conheço (ou julgo conhecer) apenas uma ínfima parte, não será arrogância eu ter a certeza que estou certa? Como posso eu afirmar, com toda a certeza, que A é melhor que B para toda a gente, ou que C não funciona para ninguém? Eu posso dizer: A não funciona para mim, não me identifico com B, para mim C não faz sentido, ou não sou capaz de fazer D.
Posso dizer X, Y e Z não correspondem à metodologia de Mikao Usui, são uma variação dos seus ensinamentos, é uma corrente diferente, ou desconheço essa forma de fazer. Isso é legítimo.
Dizer simplesmente que é errado parece-me um julgamento prepotente ou ignorante (correndo o risco de estar eu mesma a fazê-lo também neste momento). Humildade, não nos esqueçamos da humildade... Só por hoje...


"ATAQUEMOS O GRATUITO, O BARATO E O CARO!"

Tira o dedo do gatilho por um minuto...
Se um terapeuta oferece sessões gratuitas ou a low cost, é porque não presta um bom serviço: é incompetente ou não tem experiência; se cobra um valor elevado é seguramente um vigarista e oportunista. Cuidado com as generalizações... Pode ser assim e pode não ser.
No primeiro caso: Tal como há fantásticos advogados, que cobram os seus honorários e fazem simultaneamente trabalho pro-bono, também há excelentes terapeutas que se disponibilizam para tratar gratuitamente ou por um valor simbólico quem não pode pagar os tratamentos.
No segundo: O terapeuta pode entender que o preço praticado é o justo, pelo investimento que fez na sua formação, por exemplo.
Há quem faça, como em qualquer outro ramo, promoções, pacotes ou ofertas para cativar mais clientes. Isso implica que é trafulha? A meu ver, implica unicamente que é inteligente, e que toma as medidas necessárias para sobreviver numa economia desfeita e num mercado onde a oferta cresce a um ritmo superior à procura.
Podes ficar "bem ou mal servido", quer sejas atendido gratuitamente, quer pagues o valor "de mercado", quer pagues uma exorbitância - que isto fique claro. O valor (ou sua ausência) não é garantia de nada: nem de qualidade, nem de falta dela; é apenas a opção legítima de cada terapeuta.


"DEFENDAMOS AS POBRES VÍTIMAS DOS VÍGAROS!"

Quase que só me apetecia escrever uma palavra: RESPONSABILIZAÇÃO. Mas vamos lá...
Se eu precisar de consultar um terapeuta, ou se eu quiser tirar um curso, não será minha a responsabilidade de procurar pelos meios que tiver disponíveis aquele que melhor me servirá? Como em todas as áreas, existem bons e maus profissionais. Compete-me a mim, dentro daquilo que me for possível, com os recursos de que disponho, escolher o terapeuta que me transmite confiança ou o curso que me apresenta os conteúdos e metodologia que mais me interessa.
Se eu não fizer o meu trabalho e agarrar a primeira opção que me aparece, e ela se revelar uma má escolha, de quem é a responsabilidade senão minha? Vou culpar o terapeuta, porque é incompetente, ou o formador, porque até tem conhecimento mas é um péssimo pedagogo? A escolha (ou demissão dela - o que é por si só também uma escolha) foi minha...
É mais que tempo de cada um se responsabilizar pela sua vida (e apenas pela sua vida!), pelas suas escolhas e pelas consequências que elas lhe trouxerem. O mesmo é dizer que chega de nos vitimizarmos ou colocar os outros no papel de vítimas que temos de defender.
O meu papel na vida do outro, quanto muito, e se solicitado, será o de consciencializar para a importância da responsabilização das suas escolhas. E, se solicitado, dar o meu parecer, que nunca será mais do que a minha (e apenas a minha) percepção sobre a pessoa, instituição, curso, ou o que for.
Clarificando: Quem quer boas influencias na sua vida que faça por tê-las. Não és tu que tens de o defender das más. Afinal... quem queres tu defender? Quem se sente realmente atacado, além de ti?


"ABAIXO OS FALSOS MESTRES!"

"Semelhante a uma flor, que parece linda mas não tem nenhum perfume, assim são as palavras infrutíferas do homem que as fala mas não as coloca em prática." - Dhammapada

Palavras como Mestre e Guru estão hoje tão banalizadas que perderam a sua verdadeira essência.
Eu fui iniciada no 3º nível de Reiki. Não me considero Mestre. Nem de Reiki, nem de coisa alguma. Tenho algum saber e alguma sabedoria que me disponho a partilhar com quem me procure, e tenho uma infinidade de coisas a aprender. Talvez um dia venha a ser formadora. Farei o meu melhor por ser sempre inspiradora. Ser Mestre é uma honra e uma responsabilidade que eu respeitosamente declino.
Se tu te julgas realmente nesse caminho, recorda-te apenas que o Mestre inspira pela palavra e pela acção; pelo conhecimento e pela sabedoria. Mais do que ensinar, o Mestre quer aprender, e sabe que a melhor forma de aprender sobre os outros, é aprendendo sobre si mesmo. Repara que quando esticas o dedo para fora e acusas "Falso Mestre!", três dedos da tua mão apontam para ti... Porque insistimos em ver o mal dos/nos outros, quando claramente ainda há tanto a trabalhar em nós mesmos?
"A alma não tem segredos que o comportamento não revele." Lao-Tsé

A Luz não existe sem a Sombra. Mais, "Luz" e "Sombra" são conceitos humanos, logo dependem da percepção de cada um. Até os "maus" Mestres têm razão de existir. Sem os maus, como reconhecerias os bons?
Deixa a "Sombra" existir. Não te compete eliminar a sombra do Universo... Experimenta em vez disso perceber apenas o que tu percepcionas como Luz e como Sombra, e de qual delas te queres aproximar mais. E deixa que cada um escolha igualmente onde se quer posicionar.
"A tua acção é a tua punição e a tua recompensa. Tu és o Mestre do teu destino." - Osho
Sê o teu próprio Mestre e permite que cada um seja o seu. Cada um tem o direito de escolher o seu destino e o seu caminho, cada um criará as suas próprias punições e recompensas.
"Tolerância não significa aceitar o que se tolera." - Mahatma Gandhi - Se não te serve, não incluas na tua vida. Mas respeita que faça sentido na vida do outro.

Consciencializa-te da incongruência que estás a viver, quando por um lado te intitulas Mestre de Reiki e defendes fervorosamente a ética, e por outro dedicas tanto do teu tempo a julgar e criticar, a alimentar a raiva e o rancor, acreditando arrogantemente que a única maneira é a tua maneira. Entende que a tua verdade não é absoluta, ela é apenas a tua verdade. Vive-a, pois. Quanto mais te focas nas verdades dos outros, mais te afastas da tua. Questiona-te: Não ganharei muito mais (paz, harmonia, felicidade) a exultar a minha verdade do que a atacar as verdades alheias? Não ganho mais a construir a minha realidade do que a tentar destruir as realidades dos outros? Que energia e emoções estou eu a viver e a partilhar num caso e noutro? Muda o foco... Deixa lá os outros e as acções dos outros, e toma atenção às tuas...
"Não há inimigos fora de ti próprio." - Tulko Lobsang


MESTRES

"Ao envelhecer deixei de escutar o que as pessoas dizem. Agora só presto atenção ao que elas fazem." - Andrew Carnagie

Ao longo da nossa vida, se estivermos atentos, encontramos alguns Mestres. É possível que não tenham certificado algum, que não façam a menor ideia do que seja o Reiki, que nunca tenham pensado em energias ou espiritualidade. É possível que sejam pessoas totalmente cépticas e descrentes. É possível que sejam iletradas, humildes. É possível que assumam a forma de pedintes, crianças, ou pessoas pouco empáticas ou que nos provocam até alguma resistência. Fica atento: observa os outros com humildade e curiosidade, disposto a aprender. A Mestria revela-se por vezes onde menos a esperamos.

Os princípios de Reiki, os ensinamentos espirituais de Jesus, Budha, Osho, Gandhi, Madre Teresa, Dalai Lama, Lao-Tse, Veda Vyasa, Rumi, etc., etc., etc., não valem rigorosamente nada se não passarem de frases poéticas com que te envaideces, convencido da tua sabedoria.
O Mestre não nasce de frases bonitas; são as frases que nascem das vivências bonitas do Mestre.
É fácil ser "espiritual" em meditação ou retiro. O desafio, e o que faz dos Mestres Mestres, é sê-lo aqui, neste plano, neste corpo humano, com esta mente contraditória, entre relações conflituosas e situações frustrantes e assustadoras. No dia a dia. A grandiosidade não está em criar ou repetir frases poéticas, mas em viver conscientemente cada dia, e experienciar momentos que, de tamanha beleza, lucidez, humildade, dor, aprendizagem, amor e conexão, se transformam depois em poesia.
Quando dizes Namasté, tens de facto a convicção que habita um Deus em cada um de nós, ou pensas que isso só se aplica àqueles que passam no crivo do teu julgamento?
Quando unes as tuas mãos e baixas a tua cabeça, fá-lo de facto em reverência, humildade e gratidão pela perfeição do outro, ou é apenas um gesto impensado?
"A coisa mais difícil do mundo é dizer pensando o que todos dizem sem pensar." - Émile-Auguste Chartier
O que te diz o teu espelho, na sua forma mais pura e honesta? És tu um Mestre?

Por vezes, o Mestre não sabe que é Mestre.
O Mestre não quer ser Mestre de ninguém, além de si mesmo.
O Mestre expõe, não impõe.
O Mestre aceita tudo o que É.
O Mestre agradece todas as oportunidades, e transforma-as em aprendizagem. Todas.
O Mestre sabe que espelha e é espelhado.
O Mestre conhece o seu Mestre e o seu Monstro, e reconhece-os no outro. E respeita essa dualidade. Incluindo a sua.